A Ilha da Noite
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Para aqueles que amam o maravilhoso mundo criado pela Mestra inigualável Anne Rice. Lestat, Louis, Armand, Marius, Mayfairs, A Talamasca... Todos estão aqui.
 
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 As Noites de Selene.

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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/15/2011, 12:37 am

Novo estilo.

Velha qualidade.

Ah, Selene! I love you
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/15/2011, 10:13 pm

Como eu te disse, tá ótimo! A Selene está me conquistando cada vez mais. Adoro a confiança e força dela.
Parabéns! =D
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/15/2011, 10:26 pm

Geeente, tô preparando uma mega-fic!
Retorno triunfal da Selene...talvez.
Se bem que, depois de reler essa outra fic.. não é que eu gostei?*0*
Enfim, fiquem na espera, essa fic nova vai ser mega legal!
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/16/2011, 12:45 am

Esperando ansioso!!!

bounce
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/16/2011, 6:17 pm

Postarei a primeira parte da fic agora, a parte II tá quase pronta *0*

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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/16/2011, 6:19 pm

O Despertar - Parte I


-spoilers de Rainha dos Condenados -

Boa Noite!

Sabe, há de fato poucas histórias tão... pesadas no conceito dos vampiros do que a de hoje...

A história, que tenho para contar é famosa e muito complicada... O despertar da Rainha.

Nossa origem finalmente revelada... Um evento que despertou das entranhas dos mais frios vampiros, o medo... a ameaça às suas vidas. Senti na carne o sofrimento dos mortais, a angustia, o medo da morte inevitável... Uma força além dos meus limites de defesa. Senti o medo, pelos meus filhos, meus amigos mais próximos... até mesmo por Khayman. Ele que é pra mim tão sólido quanto as pirâmides, tão forte quanto qualquer força da natureza.. Até por ele senti um medo. Esse capitulo da nossa história é negro... melhor, vermelho.
Vermelho como o sangue de todos os nossos irmãos-vampiros perdidos, mortos, encurralados,destroçados, feridos, acuados... Pelas mãos de nossa própria mãe, a raiz de todo o poder, e mal.
O âmago da questão, o receptáculo do espírito..

Vocês, que já devem ter lido o " Rainha dos Condenados" sabem a história... Mas eu sei melhor, estive lá... sofri como todos a angustia fornecida por Akasha.
Estive lá, sofri com eles... Sofri cada morte e a alegria do embate final.

Bem, acredito que já contei onde estava no momento do despertar, que senti a morte de Enkil, descrevi minha tristeza, minha loucura...
Mas logo houveram mais mortes, mais sofrimento.. Não que os assassinados fossem próximos a mim, mas não mereciam morrer apenas pelo desejo doentio de Akasha.

Então eu lembrei....
- Khayman!!Mikhail, Vladmir preciso protegê-los.. Eu preciso estar lá, eles despertam tarde,eles estão sozinhos... Eles..

Não disse mais nada, sai para noite, fui pelos céus, até chegar ao frio da Rússia...Chegando lá cada parte do meu corpo doía.. fora a pressão emocional, saber que ela atacava ainda com mais vigor os que dela fugiam... Mas não poderia deixá-los sozinhos, eles precisam de mim, pouco me importava a morte se pudesse defendê-los.

Encontrei meus filhos ainda dormindo, os dois dividiam uma espécie de porão abaixo da casa. Belos caixões com trancas por dentro e por fora, os abri com a mente. E lá estavam Vlad e Mikha, minhas últimas crias vampiricas,os únicos que sobreviveram aos séculos...
Eles despertaram ao sentir uma presença estranha em seu local de descanso.

- Selene!- eles falaram espantados comigo, ali,com aquele semblante assustado,
perturbada, pensando na melhor maneira de esconde-los.
- Calados,calados. - falei, andando de um lado para o outro da sala.
- O que está acontecendo? - perguntou Vlad.
- Um grande perigo para vocês, e é melhor que vocês não tenham consciência do que é.
Quanto menos souberem melhor. Um grande perigo para todos nós.- respondi.
- Isso não faz o menor sentido, do que se trata? Outros vampiros? Os humanos? - Mikha
pareceu assustado.
- Um problema muito grande, Mikha... Calem-se, já disse. Estou pensando em uma maneira de livrar vocês disso. - falei.

Passei mais alguns minutos até que parei um pouco e fiquei a sentir o movimento dela.
Onde estava, o que estava fazendo... Estava indo para o Ocidente... Afastava-se cada vez mais do Oriente, e isso em muito me tranquilizou.
Pensei nas montanhas, no Himalaia tão próximo de nós, nos limites dos nossos poderes
vampiricos... E lembrei de uma ocassião em que tive de me esconder em uma caverna no Himalaia. Com certeza seria possível levá-los até lá.
Deixá-los dormindo... como se estivesse ali a muito tempo, uma presença limitada e fria.
Esperava que assim Akasha os ignorasse.


- Eu tenho que pedir algo a vocês, algo muito importante. Vocês confiam em mim, certo? - perguntei um tanto distraída com meus planos.
- Claro que confiamos, devemos nossas vidas a você. Iremos onde você quiser. - responderam prontamente.
- Ótimo, nós teremos uma noite longa, rapazes. Muito longa. - disse,depois expliquei o meu plano.
Eles concordaram em ir mas acharam que seria muito complicado levar os caixões da Rússia até a Índia. Resolveram que comprariam ou roubariam por lá.

Viajamos o mais rápido que eles conseguiam... Meus filhos são muito jovens, não tem nem metade da minha força, mas são bem fortes. Aguentaram bem o ritmo da caminhada... Mas ainda não possuem o dom de voar.
Tive de usar todas as minhas forças, toda minha energia para levá-los comigo nessa
viagem... Depois a escalada, o frio... A neve, o medo constante... No fim, chegamos a uma caverna, escondida entre dois picos, o que dificultava bastante sua localização, e ainda mais alcançá-la.Vocês nem podem imaginar a complicação que foi, subir aquelas montanhas, enfrentar o frio, e o pior de tudo,com os dois carregando seus caixões. Para se enterrar junto na pedra. Minha incerteza de estar sendo ou não seguida, ou observada. E meu sangue puro, é muito próximo a linhagem real,para sentir os vampiros antigos como Maharet ou Akasha é bem mais difícil para mim...
Chegamos na caverna e comecei a explicar qual seria o plano de ação.

- Deixarei vocês aqui, dormindo, como se estivessem dormindo a muitos séculos, esquecidos, esperando a passagem do tempo. Talvez o perigo passe por vocês, passe e
ignore suas presenças. Quando isso passar, eu voltarei aqui, acordarei vocês, meus
amores. Juro que lutarei com todas as minhas forças para estar aqui novamente o mais rápido possível.- disse, abraçando os dois, contendo alguma lágrima, lágrimas de medo, de emoção, por fim, lágrimas de amor.
Eles nada disseram, limitaram-se a obedecer minhas instruções.

Deixei-os nos caixões, no sono mais profundo dos vampiros, aquele que pode durar de fato séculos. No alto daquelas montanhas, metade do meu coração, enterrado junto com eles. Com o meu sangue que corria nas veias dos meus filhos vampiros.

A descida solitária daquelas regiões inóspitas do mundo me fez perceber a imensidão da eternidade, que outros seres no mundo poderiam dizer que sozinhos enfrentaram a neve,o vento, altitude...
Quando finalmente cheguei em uma dessas cidades tão pequenas, que mal tem nome, não conseguia dar mais nenhum passo sem descansar... Precisava do sono reparador dos vampiros... Mas não imaginava como iria chegar a tempo, de como iria encontrar Khayman antes que ela o encontrasse. E ainda havia o show do Vampiro Lestat, que era meu dever assistir, eu deveria estar lá, para proteger o jovem... Precisava estar lá...Entretanto duvidei muito que conseguiria...

Me alimentei, nem sei bem como... me arrastei até uma cova que demoradamente cavei sob uma árvore.

-
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/17/2011, 12:43 pm

UAU, Foxy, tá muito bom! Que suspense @____@
E que fofo o amor da Selene pelos filhos...
Ai, quero a segunda parte *-------*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/17/2011, 7:04 pm

Ah que ótimo que você gostou *0*
Estou mega empolgada com essa fic, adoro essa história.
E nada mais justo que Selene mostrar sua versão dela!

Parte II agora Very Happy
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/17/2011, 7:08 pm

O Despertar - Parte II


- spoilers de Rainha dos Condenados -


Ao despertar na noite seguinte, tive tempo apenas para tirar o pó das roupas, e voltar a viajar, voando, correndo... Mas quando cheguei em Londres, parei para descansar e me recompor. Passei rapidamente em uma loja, comprei roupas e alguns acessórios...
Parei em um modesto hotel,o primeiro que encontrei, estava mais preocupada com a funcionalidade que com o requinte.

Não havia muito o que fazer, pedi a recepção do hotel que reservasse para mim uma passagem no próximo voo para São Francisco. Deixei-os ocupados com números de cartões de crédito, nomes falsos, endereços falsos, falsos pretextos, enquanto me lavava, me trocava e tentava relaxar um pouco.

Adiantou pouco, ou quase nada... só conseguia pensar nos meus filhos, em Khayman... em Marius, e seu chamado, minha raiva diante da minha impotência foi enorme. Gostaria tanto de podido ir ao seu encontro, de ajudá-lo. Meu velho amigo, que pedia a todos nós que o ajudassem... As lágrimas continuam existindo em mim, até hoje.
Nesse momento, até Armand estava esquecido. Mas logo pensei nele, em como estava
condenado igual a qualquer outro de nós. A falta de noticias me perturbava, não havia
como saber como estavam todos.

Eu estive isolada deles por tanto tempo que não havia como contactá-los. Não por vias
diretas. Não tinha números de telefone, endereços, contatos.. Nada! Me perdi na era
moderna, presa no frio da Rússia. Presa nos olhos de meus filhos...
Parei por alguns momentos, fiquei olhando fixamente para aquele telefone, parado na
mesinha ao lado da cama. Querendo quase obsessivamente ter algum número para discar, não havia número algum. ' Estúpida, quem mandou se desligar do mundo, dessa maneira?.'

Pensava, cheguei a dar uns tapas de leve na testa. Para me repreender.
Logo a recepção ligou, meu voo estava marcado para as 22:00 hrs, o que seria meia hora depois. Me apressei em chegar ao aeroporto e por fim embarcar.
Estar entre os mortais me confortou, esperei proteção naquela situação. Em estar entre pessoas as quais ela não tinha razão aparente para matar.

Virei-me na poltrona, olhando pela janela, escondendo minhas lágrimas... Que causariam grande espanto nos mortais... Tentei pensar nos motivos dela, em porque acordar justamente nesse momento. Só pelo jovem vampiro? Eu não acreditava nisso. Tinha de haver algum propósito nisso, nessas mortes.
As horas demoravam a passar, demoravam muito.

Voltei a pensar em Mikha e Vlad, naquela região tão afastada, e se por fim eu mesma caísse na batalha? Quem iria guiá-los? Quem iria acordá-los? Mantê-los?
Comecei a imaginar que seria melhor tê-los trazido, seriam de mais ajuda aqui, que lá...
Mas não, eles se arranjariam sem mim, eram espertos, inteligentes, sempre foram. Eram bem antes de eu transformá-los, continuariam sendo sem mim.
Quando dei por mim, a comissária de bordo já estava dando as instruções para deixarmos o avião. Ótimo, já estava onde devia estar.
Agora era encontrar os vampiros!

Quem procurar? Ainda faltava algum tempo pro show... Ir diretamente até Lestat? Procurar Khayman? Quem sabe... Armand. Mas ele a essa altura já deveria ter transformado Daniel, e estaria ocupado com ele.

Decidi ir ao local do show e esperar Khayman aparecer.
O espaço onde o show seria realizado estava como eu imaginava, cheio de mortais apaixonados pela mitologia dos vampiros, a música do vampiro Lestat ecoando pelos ares, suas letras ousadas e reveladoras, sua voz era agradável de ouvir, o ritmo pesado do rock quase me fez esquecer nossa situação. Os jovens mortais dançavam, vestidos com suas roupas que imitavam a moda vitoriana, as longas capas, as maquiagens pesadas, cheios de pó para empalidecer suas faces rosadas, os colmilhos de plástico...
Quase ri em meio a eles, tão distantes da realidade, tão jovens e vibrantes, não era de se espantar que Lestat desejava entrar no coração e nas almas dessas criaturas.Que
desejava ser conhecido e amado por eles.

Apesar de entender seus motivos, nunca cogitei a possibilidade de me revelar a um mortal que não desejasse matar... Talvez achasse que isso fosse dificultar minha eternidade.Um apego ainda mais profundo por eles. Não um apego, mas uma ligação. Estar ligada a alguém que conhecesse minha condição e não fosse um de nós.

Os mortais passavam por mim,deixando seu cheiro profundo, o cheiro dos copos cheios de cerveja, Bloody Marys ou refrigerantes. Estar ali era como ter algo em comum com todos eles. Um show é de fato um evento interessante de observar.

Fiquei na entrada, esperando avistar outros vampiros, e principalmente meu Khayman. Ele provavelmente estaria bem preocupado e ansioso, ainda esperando a outra gêmea ruiva. Essa confiança de Khyaman no reforço dela me preocupava... Não sabíamos com que intuito Akasha havia despertado e esperar para ver não parecia a melhor medida a tomar.

Depois de mais ou menos uma hora de espera, avistei o primeiro vampiro verdadeiro. O que não foi difícil, já que... nenhum daqueles falsos vampiro tinha nossa força, nosso cheiro e muito menos nosso brilho sobrenatural.
Caminhei até ficar às costas do vampiro, lhe toquei de leve no ombro.
Ele virou calmamente, como se quizesse mascarar seu medo de mim.

- Mael... não precisa ficar espantado, sou eu, Selene. - disse, tentando acalmar o
vampiro que parecia um bárbaro viking em meio a vários e vários lordes franceses.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/18/2011, 6:05 pm

Ahhh, tá ótima Foxy!
Percebo muito bem a aflição da Selene, e isso é interessante, visto como ela está confiante nos outros textos. Mostra a magnitude da situação.
E eu AMO a cena do show, sempre vou amar, mesmo com um vampira louca matando todo mundo que vê pela frente -q Só de imaginar o Lestat no palco, cantando rock, já vale por tudo.
Muito bom. Legal ela ter se encontrado com o Mael Smile
Esperando a próxima parte *-*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/18/2011, 6:11 pm

Apesar da Selene preferir encontrar qualquer um... menos o Mael haha.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime2/18/2011, 6:51 pm

O Despertar - Parte III


- spoilers de Rainha dos Condenados -

Mael nunca foi meu imortal predileto, na verdade, nunca gostei dele. Sempre o achei fatalista demais, por demais exagerado e deprimente. Mas, esse não era o momento de pôr minha opiniões acima das necessidades.

- Que faz aqui, Selene? Veio para o bem, ou para o mal? - perguntou, seco como sempre.
- Eu não vim a nada. Tenho apenas um forte interesse no que acontecerá hoje. Em todo
caso, foi bom encontrá-lo. - disse, ao sair inclinando levemente a cabeça, em uma tímida reverência.

Precisava ficar alheia aos problemas de Mael, que não conseguia tirar de sua mente a imagem de Jess. Talvez eu devesse avisar que parasse de tentar não pensar nela, isso só fazia com que pensasse mais.

A demora de Khayman me deixava impaciente, avistei outros vampiros, de menor porte, desconhecidos para mim. Deveriam ser os vampiros da Irmandade, que desejavam assassinar Lestat, e esses iam ter um final trágico. Lestat é poderoso como poucos de nós conseguem ser, é belo e ousado, e não se deixaria abater por uns jovens tolos, cheios de regras inúteis.

Estava tão presa em meus pensamentos que não notei a presença de Armand... Tão próximo de mim, tão moderno, e acompanhado. Daniel estava com ele, transformando finalmente. Parecia animado, contente com a situação, como se todo o perigo não lhe afetasse,como se não o envolvesse.Quase sorri com seu comportamento se divertindo com o show, parecido com os mortais, tão típico dos recém-nascidos.

Mas Armand, com seu péssimo gênio quebrou a situação. Olhando para mim com seus olhos
frios e interrogativos. Perdi o interesse e virei o rosto.
Não queria falar com ele, muito menos olhá-lo.

Khayman logo apareceu, e não senti sua presença antes de vê-lo. E o notei não por tê-lo visto, mas pelos olhares espantados que Mael e Armand lançavam na minha direção, e claramente não eram dirigidos a mim.
Sua aparência causava grande espanto em outros vampiros, que ainda não estavam
acostumados com ele. A brancura de sua pele, a rigidez de seu sorriso, seu rosto parecia uma máscara fria e sem expressão.

Logo que o encontrei perdi a postura altiva e cai em seus braços, com o rosto afundado em seu ombro, quase chorando. Ficamos abraçados um tempo, mas seu silêncio me fez ver que não era o momento para lamentações. Demos os braços e voltamos para junto da multidão.

Ouvi o pensamento de Mael que era bem similar ao de Armand.

" Mas quem é esse vampiro? Quantos anos terá? Qual sua relação com ela? E ela tão altiva, parece chorar, porquê?"

Ignoramos as indagações e continuamos avançando entre os mortais, quando notamos uma
agitação, eles pareciam saber de algo que não sabiamos. Era o Vampiro Lestat, entrando no palco, como um grande astro. Um astro reluzente e contente. Cantando em plenos pulmões, com sua voz sobrenatural ressoando alto. Sem necessidade de microfones ou amplificadores.

Khayman ficou maravilhado com aquela revelação, aquela exposição.Ele não parecia se
importar com velhas regras que nunca foram escritas.

O show passou sem muitos problemas, acompanhamos atentamente toda a movimentação...
Quando o show terminou, Khayman saiu em disparada parecia ter notado algo que eu não
havia. Vi Mael passar rapidamente para a saída, e eu que não poderia ficar ali, parada...

Resolvi ir de vez encontrar a gêmea ruiva. Khayman sabia o caminho, Mael veio sob suas ordens, mas Armand e Daniel iam precisar de mim.

Eles estavam correndo, fugindo da presença de Akasha que estava cada vez mais próxima, e iam tentar encontrar o Vampiro Lestat. Precisavamos encontrar as gêmeas, Lestat ficaria bem.

- Armand, temos que ir. Temos que ir agora! - falei, segurei-os pelos braços e os avisei que ficassem próximos de mim. Nós iriamos voar!
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/10/2011, 1:13 am

Ai que vergonha, amiga Foxie. Embarassed

Ainda não tinha lido... Que estúpido eu fui... Evil or Very Mad

Estou adorando e clamando pela continuação.

Cadê??? bounce
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/11/2011, 2:03 pm

Ai, eu ia fazer uma parte só.. Até o fim..
Mas pra dar um gás no fórum..esperae,que eu vou revisar aqui o que já tem escrito e posto já tá?2 palito.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/11/2011, 2:17 pm

O Despertar - Parte IV

- Spoilers de Rainha dos Condenados. -


Voamos rápidos e ligeiros, Daniel ficou espantado,não sabia dessa nossa capacidade de voar. Não lhe dei explicações. Armand que parecia acostumado, não se manifestou.
Chegamos rapidamente ao local de encontro...

Deixei-os um pouco longe da casa,puderam caminhar com os próprios pés até lá.

Fiquei na mata que rodeava o lugar, apreciando o cheiro das árvores, o vento que agitava meus cabelos, o vento que carregava as folhas, que insistentemente grudavam em minhas roupas. Não me incomodei com elas, tão leves e jovens,me davam um ar de natural.Sentei na grama que crescia em torno das árvores. As pernas cruzadas uma sobre a outra, posição típica dos yogues indianos.Refleti por um tempo, sobre a situação, sobre meu comportamento...
Ou minha falta de comportamento. Me esconder de Armand nunca foi a melhor solução para o que sentia, mas esse também não era o momento de revelar sentimentos guardados a séculos. Ou talvez fosse o momento exato, e se moressemos? Levaria esse sentimento pro inferno, junto comigo? Se é que existia algum inferno.
E se existisse, esperava poder estar com ele...

Passou algum tempo, horas talvez, até que me lembrasse de um pequeno objeto que trazia comigo desde a Rússia. A pequena foto de Mikha e Vladmir, guardada dentro da bota... Gesto tão mortal... Mas estava lá,dobrada e um pouco desgastada, não alterava em nada os olhos brilhates e os sorrisos carinhosos. Uma foto tirada especialmente para mim. " Uma lembrança para lembrar-se de nós." Eles falaram, quando me entregaram o pequeno porta-retrato, a moldura dourada imitava um estilo antigo.
Lembro que fiquei emocionada com essa situação, e deixei que uma lágrima caísse no vidro do porta-retrato. E Vlad pegou levemente meu queixo, levantando meu rosto,como se quisesse admirar minha tristeza. Beijou suavemente minhas pálpebras, lambendo as lágrimas de sangue... Que ele disse, não eram permitidas, maculavam a beleza altiva de meu rosto..Vlad... Estava lá chorando novamente ao olhar vocês...
Horas passaram até que saísse do meu estado de nostalgia.

Mas o amanhecer chegaria logo, e eu precisava encontrar um local para repousar.
Levantei, bati a poeira e as folhas da roupa. Caminhei lentamente até a casa, pensando no que diria a gêmea ruiva. Até porque a casa era dela.
Talvez não a encontrasse inicialmente.

Cheguei à porta,mas não era a gêmea a me esperar, e sim Armand.
Encostado na parede, os braços cruzados atrás do corpo, entre ele e a superficie que lhe dava suporte,conferindo um ar de mistério. O mesmo vento que jogava meus longos cabelos para trás, causava um efeito contrário nos dele, os deixando terrivelmente bagunçados.

- Obrigado por nos trazer aqui.- falou, depois de alguns instantes de silêncio.
- Não precisa me agradecer, fiz apenas o que era necessário. Sendo mais velha, e mais forte, era meu dever proteger vocês. - respondi, subindo alguns degraus que separavam a entrada da casa e o solo.

Me aproximei de Armand, cheguei muito perto, com a cabeça sob seu ombro,colei os lábios em sua orelha..
- Essa é a razão oficial, pessoalmente fiz porque o amo, não poderia encontrar forças para continuar, ou me considerar digna de viver se não o protegesse. - sussurrei.

Ele ia dizer algo, mas entrei na casa, o deixando pensativo...

Não tive muito tempo de pensar no sucesso da minha declaração, pois logo encontrei a gêmea ruiva, e também Jessica Rivers, uma mortal que acabara de ser transformada.
Haviam chegado enquanto eu estava contemplando minhas próprias lembranças na mata, por isso não as senti. A antiga vampira chamava-se Maharet.A braçou-me, dizendo que éramos irmãs.

- Também fui criada pelo belo Khayman, o sangue que corre em você, corre em mim. É parte da minha família, e eu tenho um apresso enorme pela família, Selene. Agora vamos, preciso lhe dizer onde passará o dia. - disse. Ela era tão antiga quanto Khayman...
Os olhos, azuis, pareciam não ser dela, talvez os tivesse perdido, os longos cabelos ruivos lhe caiam pelas costas, o contraste entre eles e a pele clara dos braços era impressionante.
Andamos juntas pelos longos corredores da casa, cheios de arquivos, arte...
- Ele... ele está aqui? - perguntei, falando é claro sobre Khayman.
- Está. Quer encontrá-lo? Ele também está preocupado com você. - respondeu Maharet.
- Por favor.

Khayman estava sentado confortávelmente em uma poltrona, olhava para a janela, observando as folhas que o vento jogava contra o vidro.
Percebeu nossa presença, levantou e veio ao nosso encontro.

Nos abraçamos longamente, nesse abraço pude finalmente me entrar a minha angustia, e aos meus medos. Ele passava os dedos pelos meus cabelos, apertando mais o abraço, tentando me acalmar, falando sobre a irmã de Maharet, sobre uma promessa, uma maldição, ou algo assim. Admito que não ouvi metade dessa história, apenas aproveitei o conforto daquele abraço. O beijei castamente nos lábios, não um beijo de amor, mas um carinho permitido só entre pais e filhos.

- Selene, a manhã está chegando, temos que ir... Ficaremos na casa, não podemos nos arriscar ficando isolados, Maharet disponibilizou alguns quartos. Ficaremos juntos. Há um caixão aqui,em algum lugar para nós. - disse, esboçando um leve sorriso.
- Juntos? Como antes? - perguntei, lembrando dos anos em que não conseguíamos nos separar,por nada.

Ele não respondeu, apenas saiu por um corredor, me fazendo segui-lo. Entramos em algumas portas, um caminho bem complicado. A casa parecia um labirinto.. Mas chegamos.
Reparei muito pouco na decoração,apenas na ausência de um caixão,em seu lugar, havia uma cama. Uma cama grande e confortável, a colcha parecia feita de seda, travesseiros muito macios e perfumados.
Khayman e eu nos entreolhamos...
- Você sabia disso? - perguntei.
- Sim. Mas como você pode ver, não há janelas. Não temos com o que nos preocupar. Agora venha, os primeiros raios de sol estão saindo.

Ele deitou e ficou me esperando, eu estava sem jeito, não dormia em uma cama acompanhada, a muito tempo.
Mas logo deitei ao lado dele, mas achei desconfortável, me aninhei sob seu peito, parecíamos um casal de namorados... Tolice.

A noite passou sem mais agitações, não tive sonhos,visões,mensagens, qualquer coisa.

Despertei um pouco mais tarde que o de costume, ele ainda estava ali... abraçado a mim, velando meu sono. Abri os olhos, e Khayman me beijou, como eu havia feito com ele, na noite passada.

- Olá Selene... Fico feliz em ver esses seus lindos olhos abertos. Vamos meu amor... Essa noite será longa, a noite mais longa das nossas vidas. Vamos meu amor.. Eles chegaram... - disse, apertando o abraço.
- Está bem... Eles quem? - perguntei,por não ter sentido a presença de vampiros que me fossem desconhecidos.
- Muitos... Você verá com os próprios olhos. Fiquei espantado... você demorou a acordar.. .Tive medo de que nunca acordasse, não faça mais isso. - disse, com um leve desespero.
Sorri.

Pulei da cama, logo que consegui tirar seus braços de mim.

" Onde encontrar roupas?" Pensei, não que fosse tão importante assim, mas se essa era possivelmente minha última noite em vida, que eu a passasse em grande estilo.

Como que se tivesse ouvido meus pensamentos, Khayman abriu uma arca ao pé da cama que estava recheada de roupas. Pude escolher as que mais me agradaram. Ele também se trocou.
Logo eu estava usando um vestido de seda negra, com um decote em V, um pouco mais justo abaixo do busto e lindos sapatos com um saltos escandalosamente altos. E ele,um terno negro que parecia fazer par com meu vestido.

Nessa noite, o anel de prata que havia ganhado de muitos anos antes apareceu misteriosamente no dedo anelar de minha mão esquerda.
Ao perceber, sorrir de canto para Khayman.
- Então, estava com você? Pensei que o tivesse perdido... - disse, enquanto ele, carinhosamente o beijava, consequentemente beijando minha mão.
- Guardei, para quando nos encontrássemos. - respondeu.
- Agora vamos. Estão nos esperando.

Caminhamos até a sala principal. Esperando encontrá-la vazia, me surpreendi ao ver a quantidade de vampiros ali presentes.

Armand, esse eu já esperava. Estava atrás da poltrona que Daniel ocupava.
Jesse e Maharet estavam de mãos dadas, conversando próximas a uma janela.
Mael também estava lá, olhos que não desgrudavam da jovem vampira.
E havia Eric... um vampiro que prefiro nem perder tempo descrevendo.
Mas... foi a presença de Louis e Gabrielle que me deixou espantada.

Ele, com os braços para trás, as mãos juntas... Ficou encantado ao me ver chegar com Khayman. Se fosse um gesto próprio dele,teria me abraçado... Mas não era.
Gabrielle, que sempre fora fria, quase não manifestou surpresa. Mas estava surpresa sim. Não conheço um vampiro que não pasme ao ver meu criador pela primeira vez.

- Que fazem aqui? Onde está Lestat? - perguntei.

Apesar de poder conseguir essa resposta na mente dos mais jovens, preferi não ser indelicada.

- Ela.. o levou, está bem? Ele... pode estar morto agora. Satisfeita?! - berrou Gabrielle,como se eu,por perguntar fosse culpada pelo acontecido.
- Desculpe por te fazer lembrar disso... Mas não é o melhor momento para ficarmos discutindo. - falei, tentando contornar a situação.

Voltei a caminhar, acompanhada de perto, por Khayman. Fomos até Maharet. Desejava perguntar à ela, o motivo dos chamados, dos sonhos.. e principalmente do despertar.

- Maharet, que diabos está acontecendo aqui? - perguntei, intrigada.
- Ainda não é hora de explicar, Selene. Faltam alguns chegarem. - disse Maharet.

Continuei intrigada, não havia nada a fazer.

A porta abriu sem mais nem menos.

Maharet logo foi conferir, mas é claro que sabia quem era...
Alguém que eu também já esperava.

Eram Marius, Pandora...e Santino?

- Mas o que...- disse,mas me calei ao ver como a situação ficaria complicada.

Não falaria com ele agora, haveriam muitas comoções e tumultos. Não queria incomodar Marius.

Sentei e esperei, como todos os outros até que ele estivesse recomposto.

Maharet passou algum tempo conversando com ele, Pandora não dizia nada, mas também não saia do lado dele.

Armand nem tinha expressão no rosto, não sabia como agir...

Por alguns minutos, Marius desapareceu, sabia que era minha chance de conversar a sós com ele. Não perderia essa oportunidade.

Quando o encontrei, estava em um quarto, como se desejasse recuperar o fôlego, ou algo assim. Parecia muito alterado.
Mas esperançoso.

- Marius... desculpe interromper, mas desejava lhe falar, e não poderia ser na presença de toda aquela gente. - disse, num tom falsamente envergonhado.
- Selene, velha amiga, não há o que desculpar. Para você tenho todo o tempo do mundo, Akasha não vai nos matar sem antes nos deixar ter ao menos uma conversa descente.
- Marius... Ah, Marius. - disse num tom sonhador. Já disse que o amo? Pois o amo. Aqui estamos, dois filhos dos milênios acometidos dos mesmos temores.
- Também a amo, me permite abraça-la? Pode ser nossa última oportunidade.
- Não seja por isso...

Abracei Marius com toda a ternura de meu coração. Nem foi um abraço mutuo... Marius me abraçou,apenas fiquei aconchegada em seu peito.

- Selene... Está na hora.

O clima reconfortante, foi quebrado pela nossa necessidade de ir ao encontro dos outros.


Última edição por . Foxy . em 1/7/2012, 7:58 pm, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/12/2011, 4:49 am

Mais, mais, mais!!!!!! bounce
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/12/2011, 8:03 pm

O Despertar - Parte V


-spoilers de rainha dos condenados -

Finalmente Maharet havia decidido nos contar a história.
Havia uma espécie de sala de conferências. Uma grande mesa de pedra, e várias cadeiras de pedra também.
A corte do santo Graal, como eu chamaria....
Marius e eu nos separamos no caminho.

Khayman e eu nos sentamos próximos a Maharet.
Jess e Mael estavam por perto.
Alguns dos mais jovens estavam mais afastados.
Marius e Pandora ficaram a minha frente.

E agora, era a hora.

Maharet começou a nos contar sobre si, sobre sua irmã e suas histórias. Contou-nos sobre Mekare, sobre os desmandos de Akasha... Sobre meu adorádo Enkil...
Contou-nos sobre Amel...
Sobre Mirian...
Alguns dos vampiros falavam algo, faziam perguntas..
Mas eu... apenas esbocei algumas reações quando ouvi as partes que falam sobre Khayman... Lhe lancei alguns olhares de repreensão...outros de carinho. Agora entendia sua relação com as gêmeas,agora entendia porque ele nunca quis nada comigo..
Ele acabou por se apaixonar por Maharet... Ri.

Não há muito o que contar sobre a história. Vocês já a conhecem. Vocês já a leram.
Não tenho o que acrescentar.
Agora, vamos avançar até o fim dessa conversa.

- Cale-se Eric. Se você continuar achando que vamos todos morrer, eu posso providenciar isso, agora mesmo! - gritei, depois de não suportar mais as covardias de Eric. Poderia ter quebrado a mesa se Khayman não estivesse segurando meu pulso.
- Você está louca, Selene. Nenhum de nós tem sua necessidade doentia de se entregar nos braços do perigo. - disse Eric.

- Não acho que você tenha assim tanto a perder. - disse Gabrielle.
- Acha que não estou com medo por mim? Pelos meus filhos, por meu pai.. todos os que amo?

Me neguei a continuar a conversa, tínhamos assuntos mais importantes.
Fomos conduzidos até a " Sala da Grande Família".

Ver todos aqueles séculos de história, ver todas aquelas pessoas, ver o apego de Maharet a elas. Khayman me abraçava ainda mais forte por estar ali. Sua família também. Suas filhas, suas bruxas...
Ainda esperava Mekare...

- Khayman, como você está? - perguntei.
- Emocionado. Mas bem... ela virá, querida. Eu sei que sim.
- Dará tudo certo, meu pai. Eu espero... - disse.

Lancei olhares tristes e marejados para os lados. Onde estavam meus amigos? Onde foram parar meus amores? Que fiz com meus milênios de vida?

Alguns minutos de contemplação,foram quebrados pela...pela presença de Lestat.
Parecia saído dos sonhos de todos nós. Depois de esperarmos o pior, a figura loura do vampiro foi quase um bálsamo para nossos olhares.
Os mais chegados a ele, o abraçaram,felizes pelo reencontro.
Mas... Onde estava Akasha?

- Meus filhos, aquece meus sangue vê-los aqui. Agora suas perguntas serão respondidas. Agora venham até aqui, venham compartilhar meus sonhos. Não temam, não a mim. - disse Akasha.
- Que quer aqui? Porque acordou? - perguntou Khayman.
- Khayman... meu belo e adorável, Khayman. Continua impetuoso... - disse Akasha. Não, não fale. Deixe-me dizer a que vim....

Então Akasha falou.. Falou e falou.. Como todos os grandes discursadores... Akasha me lembrou Hitler por alguns momentos.
Sua eloqüência... Sua crença em que seu plano era o melhor que poderia ser feito para a humanidade, me deu asco.
A maneira como tentou nos convencer a participar.

- Você, adorável Selene, você já faz parte do meu jardim encantado das mulheres. Mata apenas os homens...Porque não vem comigo? E faz parte do Éden na terra? - disse Akasha, mirando aqueles olhos doces e inocentes para mim.
- Motivo simples... Faço porque amo os homens. Os amo acima de todas as coisas. Vou colaborar com esse seu plano, que tem como principio de que eles são a causa de todo o mal nesse mundo?
Você está mundo enganada sobre o mundo. Enganada sobre mim.
E principalmente Akasha, enganada sobre si mesma. - parei.
Ela me fuzilou com o olhar. Temi que ela fosse me matar. Ali mesmo.
Aproximou-se perigosamente de mim... Lestat engoliu seco, Marius já ia protestar, mas foi Khayman que falou.
- Faça, minha rainha. Faça... e eu vou com toda certeza realizar a minha vingança. Nem que todos nós sejamos vitimas do que acontecer aqui. Você não vai tocá-la. Já me tirou tudo que poderia tirar. Minha vida, minha paz...
- Não farei nada Khayman. Ainda é tempo para que todos vocês entendam como só eu posso consertar o que há de errado nesse século, tudo que já foi errado nos outros.
- Akasha, reconsidere. Você não tem o direito de matá-los. - disse Marius.
- Não? Todos vocês os matam, todas as noites. E me dizem que não tenho o direito?
- Akasha... sinto muito.. Mas você conhece uma Torre do Silêncio?
Ela seria tão útil agora,quanto você. Você é completamente desnecessária. Deveria voltar ao seu sono infernal, você é uma peça de museu. Deveria voltar ao seu santuário, e ser apenas a estátua imóvel que sempre foi.
Agora que vive, apenas perdeu todo o seu encanto. Agora vemos o quanto você é desequilibrada, o quanto fomos tolos em acreditar que havia alguma sabedoria em você. - falei.
- Os séculos passaram e você continua a mesma mulher tola, a mesma que não acreditou no espírito quando lhe falei. - disse Maharet.
- Você deveria estar imóvel em seu trono, exposta para os outros vampiros verem a rainha louca, a mulher tola possuída por um espírito maligno. É só isso que você é. Não há nada de divino em você. Poderia acontecer com qualquer um na sua situação.!!! - gritei.

Estava desesperada, ela parecia irredutível em seus pensamentos. Em seus grandes planos... Precisariamos usar a força,e será que tínhamos essa força?

Akasha perdera a paciência e ia realmente atacar algum de nós.

O resto da lembrança é vaga.

Mekare entrando pela janela, uma fera desgrenhada.
O olhar apreensivo de Khayman.. A luta...

Sangue, cérebro, coração..

Vi os vampiros mais jovens caindo sob a transferencia do poder... Algo queimava dentro de mim.
Senti a morte novamente.


Mas não houve morte.
Só a morte dela.

A vitória... Muito foi comemorada.

Espero que..tenham aproveitado minha versão dos fatos.

Essa história continua... Na Ilha da Noite.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/12/2011, 8:07 pm

Agora é o fim mesmo,dessa história.
Espero que vocês tenham gostado de uma assim, em partes.
A próxima, finalmente traz como personagem chave nosso querido Lestat.
sz
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/15/2011, 9:29 pm

Como esse aqui é um tópico para a Selene... e para mim também;
Devo dizer que quase adormeci nossa querida vampira.
Motivo simples, não estava mais conseguindo escrever.
Acabei descobrindo que a única maneira é ler Anne.
É só lendo as palavras por ela escritas é que consigo ter as idéias,
visualizar os diálogos...

E como eu não posso mata-la, nem adormecer...

Fora que... devo adiantar, Selene sofrerá grandes mudanças de vida.
Até pq uma vampira com milênios de idade não suporta uma rotina por tanto tempo.
Ela precisa viajar, ver o mundo, procurar novas pessoas... Retornar para a sua adorada Grécia...

Adianto que existem três fics sendo escritas.
Uma sobre Gabrielle e outras duas com as 'mudanças.'

Adianto também que Selene...

É como todos os outros vampiros, buscando alguém com quem compartilhar sua eternidade. Sua felicidade perdida... Sim, Selene precisa de um novo grande amor.

Beijos ;*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/15/2011, 11:51 pm

Ai de tú se apagas a minha Selene Evil or Very Mad Laughing
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/16/2011, 10:13 am

Ela não ousaria matar a Selene Ú_U

Ai, a Gabrielle vai aparecer @________@
Vai ficar ótimo. ;*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/22/2011, 5:06 pm

Boa Noite!

Essa noite a história é um segredo.. é um segredo verdadeiro.
Reflexões e mistérios.. Me acompanhem.

Lembram-se das várias festas vampiricas a que vou?
Essa conversa, se passa em uma delas.

Eu acabava de voltar de uma missão... Desde quando exterminar pequenas comunidades ficou tão irritante?
Não, eu não queria ir. Só queria sangue e sono.
Sangue só.

Viajar até o Hawaii, resolver os problemas e voltar na mesma noite, cansa. Mas acordar, beber, me arrumar, sair... E passar horas e horas e horas em conversas sobre os tempos antigos, cansa muito mais. E fazer isso tudo na mesma noite, já me deixou um tanto irritada.

E chegar em casa, e estar sozinha foi complicado.
Onde estavam todos aqueles malditos vampiros que moravam ali?
E para piorar, havia uma presença... Uma presença forte e agressiva. Só o que me faltava era Armand estar esperando relatórios.

O corredor principal estava escuro, liguei as luminárias e caminhei calmamente, aproveitando meu próprio ambiente. O cheiro de café que vinha do pequeno café na esquina.. Aproveitei o som de meus próprios passos. Aproveitei o fato de ter jogado o celular no pacifico... Não, ninguém ia falar comigo hoje.

- Selene... - ouvi uma voz masculina me chamar.

Uma voz que não me era comum ouvir, apesar de conhecê-la.
E não, hoje não era a melhor noite para encontrá-lo.
Fico vulnerável quando estou irritada.
Falo coisas que não devo,e depois já está dito.
E não posso retirar o que falei.
Graças ao meu bom Apolo não era David.
Ele sempre aproveita essas irritações para arrancar algum segredo de mim.

E quanto ao belo vampiro sentado no meu sofá, não é preciso apresentações. Não há outro como ele.
Não há nesse mundo outro como Lestat.
Quem não o ama? Quem não enlouquece com ele?
Quem... Pois bem, eu não sou uma exceção,principalmente eu, que sou uma transgressora, que teria feito tudo que ele fez se me fossem dadas as oportunidades.
A grande lamentação é que nós temos uma relação distante. Nunca pudemos passar muito tempo juntos... Um grande caso de desencontros de tempo e lugar, garanto.
Ao contrário do que muitos podem pensar, eu adoro Lestat.

E isso ficou bem evidente quando o nome dele arranhou minha garganta.

- Lestat...

Ele levanta e vem ao meu encontro.
Até o cheiro que vem dele é difícil de suportar.
Sua presença está em todos os lugares.
Sua voz ecoa por todos os cantos da casa.

Lestat é uma droga tão potente quanto o sangue, fiquem sabendo.

- Selene, adorável vampira da Hélade, fui incumbido de levá-la a uma festa. E eu espero que você não me oponha resistência. - disse Lestat, sorrindo.
- Não, meu adorável lord francês, não vou lhe opor resistência,até porque é impossível refrear a sua vontade. Mas não vou atender ao seu pedido. - respondi.
- Eles me mandaram, por favor não fira minha dignidade.
- Eles? Quem são eles? - disse,soando um tanto paranôica.
- Os seus, eles. Seu honorável amante, seu caro amigo, seus adoráveis filhos, seu irredutível pai. Meu melancólico filho, o nosso magnânimo patricio romano e sua companheira e por fim, eu mesmo exijo sua presença. - disse Lestat num tom sedutor.
- Você exige? Ah, mon cher, sinto muito. Adoraria passar umas horas em companhias tão maravilhosas. Mas não é um bom momento. - disse, tocando de leve o rosto dele.
- Selene, eles me mandaram aqui por um motivo. Eu não desisto facilmente, e eu não aceito não como resposta.
- Quer saber? Meu ânimo não está bom nem pra recusar seus pedidos. - desisti.

Sai da sala, na direção da escada, iria me trocar. Porque jeans e sobretudo não é roupa para festa.

Não queria ir, mas passar uma noite com meus adoráveis vampiros mais próximos não seria assim um desperdício tão grande do meu tempo tão ilimitado....
Demorei o máximo que consegui, sim, eu estava testando a paciência dele.
Mas ter Lestat de Lioncurt lhe esperando é de falar com aquele meu lado que adora causar certo ódio nas pessoas...
Não, deixemos meus lados obscuros para lá.

Caminhei até o quarto, e passei alguns minutos analisando as roupas. Escolhendo o que parecia mais adequado, que tipo de festa era aquela?

Preciso descrever minhas roupas?
Não, espero que não.

Simplesmente um vestido roxo, muita maquiagem nos olhos e meu simples mas adorável colar de coruja.

- Será que todas as vampiras são assim encantadoras? Isso faz com que eu reformule minhas teorias... - disse Lestat.
- Quais? - perguntei.
- Que acha delas, Selene? Apenas pessoas belas são transformadas?Ou é o sangue que o faz belo?
- É uma bela questão, podemos discutir isso depois.. Agora vamos, você já me tirou da planejada solidão.

Continuava não querendo ir, aquele momento da minha existência parecia, sem propósito algum.
Vou lhes contar um segredo, estou pensando seriamente em me retirar... Preciso de um tempo. Acho que já fiz todas as bobagens que poderia, por essa era.
Parece sem sentido, e tudo que alguns anos atrás era interessante, era brilhante, era agradável, agora parece tão futil.
Senti isso ainda mais profundamente aquela noite...

Esqueçam os meus devaneios....

Lestat e eu caminhamos e conversamos por um longo caminho.
E eu finalmente vi a quantidade de tempo que perdi em não estar
em contato com ele.
Aquelas horas, é eu acho que foram horas, aliviaram bastante o peso em meu coração. " Parceiros de Esbórnia" Sim, Lestat.
Quem diria que gregos e franceses pudessem ser tão parecidos?

A tal festa, era uma reunião entre supra-sumo do sangue.
Pelo amor do meu poderoso Zeus... Sou assim tão importante? Tão essencial? Eu achava que não, até aquela noite.
O local escolhido foi a cobertura de um prédio. Parecia apenas um luxo de algum magnata animado. Quase me senti inadequada, com o tamanho requinte. Havia champagne, havia música, havia dança, havia pessoas lindas. Haviam conversas animadas e interessantes. E sim... haviam algumas vítimas em potencial.

Logo procurei os meus tais ' seus eles.'
Khayman dançava, dançava com Maharet, nem me perguntem o que era mais assustador ali. Aqueles monumentos rodopiando pelo salão, ou os sorrisos deles.

Mikha e Vlad dançavam com jovens e adoráveis mortais, e se eu conhecia bem meus filhos, eles estavam brincando com o jantar.

Lestat ainda não havia me deixado, caminhava ao meu lado observando tudo.

Louis e David vieram nos receber, animados com o sucesso da missão de Lestat. Ai, céus, onde estão os raios quando precisamos deles?Alguém me fulmine.

Tão logo consegui sair dali procurei ar na área externa. Mas também havia uma grande movimentação, pessoas conversando, abraçadas... Sim, abraçadas. Vi Marius e Pandora.
Em um gesto tão incomum a eles, abraçados carinhosamente.
Seria incomum, ou será que eu nunca vi?

E também vi Armand, olhando para a rua, para o fluxo inesgotável dos carros, que vinham de um lado para o outro,de outro para um.
Os braços estendidos sob o parapeito, parecia entendiado.
Mais um que precisava constantemente da sua Selene.
Será que há uma Selene para cada um? Não sei, mas para ele...

- Shvibzik... que há com você? - perguntei.
Usando aquele pequeno nome carinhoso que só existia para ele....
- As vezes a eternidade para curta para tudo que temos de fazer, para todo tempo que teremos que perder.
E se não tivéssemos praticamente quatrocentos anos para negar o que sentíamos? - perguntou.
- Se não tivéssemos esse tempo todo, eu teria fingido salvar sua vida muito antes. - respondi me aproximando dele.
- Foi uma grande bobagem, perder todo esse tempo.
- Eu perdi esse tempo, não você. Você poderia me amar antes mesmo de existir? Antes mesmo de saber que eu existia? Pois é, eu conheci você antes mesmo que você soubesse quem era Selene, e eu já te amava.
- Não faça com que eu me sinta pior. Não há como competir com isso,há?
- Shvibzik, precisamos conversar...- disse,com uma angustia na voz.
- Que há? Me diga logo...
- Eu preciso de um tempo.
- Tempo? Tempo pra que?
- Pra mim oras. Eu preciso de um tempo Armand. Eu não sou uma máquina de festas e amor. Sou uma vampira de quase três mil anos, e sempre fui sozinha. Toda essa atenção, toda essas pessoas ao meu redor... Estou sufocada. Eu quero o mar,quero a Grécia... Quero estar só. Entende?
- Eu tive uma boa dose de solidão Selene... Praticamente trezentos anos de solidão. Agora, quero estar com alguém, ser algo para alguém... - ele estava ficando irritado.
- Não me culpe, mas é isso que vai acontecer. Não estou dizendo que vou tirar um tempo de você. Mas do mundo. Quero estar natural, simples e só. Como faz muito tempo que não sou.
- É engraçado, é engraçado Selene... Engraçado que uma das pessoas mais... nem sei o que dizer dele, mas ele me disse... Que um coração de pedra se escondia atrás de tanto amor, de tanta amabilidade.
- Eu não sou feita com um coração de pedra. Eu sou apenas o que sou. Eu te conheço Armand,passei quatrocentos anos te estudando. Você deveria ter sido menos impulsivo e visto quem eu era antes. Mas, isso não é o motivo aqui. Eu estou dizendo que vou me retirar do mundo. E porque vim dizer pra você?
- Eu... desculpe. Não deveria ter falado isso.
- Eu disse,porque me importo. Bem,eu falei o que deveria ter falado. Agora, adeus Amadeo.

Sai sem olhá-lo mais uma vez. Preciso comentar o poder que aqueles olhos tem sobre mim? Não...

Eu já esperava aquela reação. Ele não aceitaria muito bem,mas de que importava? Ele estaria ali quando eu retornasse. Era um vampiro afinal.

Encontrei David, e não foi a melhor opção.
Eu disse que ele sempre conseguia arrancar de mim,coisas que eu não falaria a mais ninguém... A não ser a vocês é claro.

- Selene, você..você está bem? - perguntou. Vendo os tons de vermelho se formando próximos ao castanho em meus olhos.
- Estou, quer dizer, ficarei... - disse.

Adoraria ter saído dali, ter voado direto para Grécia.
Ter me enterrado fundo na terra do meu país.
Mas não, meu bom Apolo sabia que não era a hora.
Sabia que eu precisava daquela conversa.

- Não, volte aqui. Até quando acha que vai poder fugir? - disse David, agarrando meu braço e me puxando de volta.
- Não tenho o que falar aqui David. Não tenho mais nada para fazer... Não tenho mais nada pra viver!! - gritei.

Pronto, ele havia conseguido.
Esse era o grande motivo em tudo, achar que não havia mais nada para viver. Entendem? Achar que já viu de tudo, fez de tudo... E pra que continuar a existir ali?

- Como não? Você é Selene, caçadora noturna. É... a única vampira acessível desse mundo. É existente, está sempre ali... E se você não estiver? A quem deveremos recorrer? - perguntou David,espantado com a minha afirmação.
- Existem milhares de vampiros por ai, existe Lestat, existe Marius. Recorra a eles David. E se quiser uma maldita vampira,sempre há Pandora. Agora me deixe. Não tenho mais nada para oferecer a vocês. - disse, puxando o braço e saindo novamente.

Sai daquela festa.
Mas deixem-me explicar.
Sei que pareceu muito impulsivo... Mas todos eles sabiam como eu estava. Haviam reparado nas mudanças sutis no meu comportamento.
Só não sabiam a razão...

Voltei para casa... Eu gostaria de estar na Grécia.. Sentir novamente a brisa do mar.
Deitei na cama e fiquei apenas olhando para um ponto fixo.
Abstendo minha mente de pensar.

Eu sabia que a qualquer momento apareceria alguém ali, para saber o que havia acontecido...
E é claro, foi o maldito David a aparecer. Maldito inglês curioso.
Talvez eu precisasse dele... Não, precisava sim. Não dele,mas de qualquer um que viesse conversar comigo.

- Selene, dá pra você explicar? Desde quando essa idéia está na sua mente? E por qual motivo? - apareceu esbaforido na porta.
- Eu só estou cansada, não vejo uma razão para estar aqui. Não agora. Eu quero descansar... Já estou suficientemente esgotada de tudo que fiz aqui... - respondi.
- Que motivo fazia você viver antes?
- Eu viajava, eu conhecia pessoas, eu provava sangue novo a cada noite. Mas agora, parece tudo tão comum, normal..Uma mesmisse.
- Não faça isso... Não posso ajuda-la a encontrar um novo sentido nisso tudo?

Eu gostaria de ter uma explicação, de falar para ele qual era minha aflição. Mas na realidade, eu mesma desconhecia a razão... Eu queria só um tempo, tempo da minha realidade atual.
Eu poderia ter esse tempo, ainda viva?

- Você não pode se esconder atrás da sua possibilidade de viver mais três mil anos, não é porque tem esse tempo que vai poder gastá-lo à toa.

Aquilo ali parecia mais um interrogatório que uma conversa, ele havia sido mandado pelos outros...

- Não sei... Eu acho que... me falta algo. Ou alguém. - suspirei.
- Alguém? Como pode te faltar companhia? Você tem Khayman, Vlad e Mikha, tem Armand.. tem a mim também...
Sorri.

Eu sabia muito bem qual era o problema em toda aquela confusão.
Eu precisava de algo além. Além do carinho de Khayman, da necessidade de meus filhos, do amor levemente tenso de Armand... E havia David.

- Se eu... falasse que haveria uma coisa que me faria voltar a sentir um em viver.. Você realizaria esse meu desejo? - perguntei, maliciosamente.
- Faria sim. Faria qualquer coisa para que você desistisse de se esconder do mundo. - disse David.
- Então David... arranque essa tristeza do meu peito, me faça ver a luz na vida mais uma vez. Seja o que me dá ar,o que me guia. - disse, lamentando a cada palavra.
- Selene.... quem imaginaria ser esse seu problema? - disse David.
- Agora vamos, meu tempo, como disse, não é ilimitado.

Finalmente livre, finalmente natural.. Finalmente Selene...

Até a próxima amores, logo contarei mais um segredo.
E esse segredo é surpreendente. Ou melhor, confuso.
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Jaja de Lioncourt
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/23/2011, 3:38 am

Finalmente Lestat!!! lol!

"Parceiro de Esbórniaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa"

Pena o tom tão angustiante e soturno da minha querida Selene... No
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/23/2011, 1:15 pm

Eu achei que essa fic seria bem mais complicada de escrever... Mas até que ficou boa.
Mas a continuação dela.. Ai céus, vai ficar linda.

Entretando, não postarei agora.

Estou trabalhando na fic da Gaaabs.

E depois tentarei fazer algo com o passado de Selene *.*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime3/23/2011, 5:35 pm

Aiin, gostei *---*

"Lestat é uma droga tão potente quanto o sangue, fiquem sabendo." @___@ É, estamos sabendo, haha.

Adorei, muito amor, David e Selene, coisa fofa *O*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 4 Icon_minitime

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