A Ilha da Noite
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A Ilha da Noite

Para aqueles que amam o maravilhoso mundo criado pela Mestra inigualável Anne Rice. Lestat, Louis, Armand, Marius, Mayfairs, A Talamasca... Todos estão aqui.
 
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 As Noites de Selene.

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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime9/22/2011, 8:02 pm

Oi lindos!
Vou postar umas fics que eu só tinha postado no meu blog; mas que também são sobre a Selene. Aliás, a primeiras delas, é bem parecida com outra que já postei. Mas é uma versão estendida e sem a participação de Louis.

a.s: Não está na ordem cronológica natural das histórias da Selene. Está história é bem antes das com Alexandre.


Boa Noite!

Desculpem minha demora em aparecer novamente, mas eu estive um tanto ocupada.
Tive missões, encontros , conversas...
E uma conversa que tive umas noite atrás foi em casa... Na minha casa.
Finalmente tive um tempo de voltar para a minha casa, as minhas coisas..
Não que eu não esteja feliz em Miami, mas eu precisava mudar um pouco de ares.

Nessa noite em especial encontrei David por lá, ele não sabia que eu estava voltando.
Qual não foi minha surpresa quando dei de cara com ele na sala.
Assistindo a BBC... Como sempre.
E Khayman estava em casa também.
Acabava de chegar da sua temporada com as gêmeas.

Abri a porta e fiquei espantada ao ver uma pessoa no sofá, a casa não exalava nenhum cheiro mortal, então só poderia ser um vampiro.

- Ah, David! Ainda aqui? - disse.
Ele veio até mim e me abraçou.

- Sim, Selene ainda aqui. Khayman voltou, estamos escrevendo suas memórias novamente.- disse ele, enquanto nos sentávamos no sofá.
- Que bom, eu vim passar um tempo aqui. Saudades de casa. Vamos até à sacada.. - disse, tinha em mente contar uma história para ele. Uma história que ele precisava conhecer sobre mim.
- Claro que sim. - disse, me conduzindo gentilmente até lá.

Que saudades eu havia sentido da vista da cidade, do cheiro das árvores, dos vizinhos sempre passando, e da lua. Tão majestosa em todos os lugares.

- Como tem passado, em Miami? - perguntou.
- Ah, muito bem. Mikha e Vlad finalmente voltaram para casa. E ficou tudo muito solitário, já que Armand está...viajando. Ele está sempre viajando agora. - disse, resmungando um pouco.
- Por isso voltou? Está se sentindo sozinha? - riu.
- Talvez, quer ouvir uma história ?- perguntei.
- Sempre quero. Que tipo de história?- perguntou.
- Ah, uma história sobre mim. E sobre coisas que aconteceram uns anos atrás.

Me acomodando na poltrona comecei a me lembrar do que aconteceu...

Estávamos todos na Ilha da Noite, passávamos noites e noites conversando e nos divertindo.
Khayman era um sucesso, todos queriam conversar com ele, saber suas histórias.
Eu fiquei muito feliz em vê-lo rodeado de pessoas interessadas nele. Khayman adora isso.
Enfim... fiquei muito amiga de Jess.
É uma mulher incrível, criada no seio do Talamasca, muito culta, cheia de informações interessantes.

Bem.. Lestat estava lá naquele estado de torpor e não ficou muito tempo na nossa companhia.
Eu o visitei em seu quarto algumas vezes... Nunca ficamos grandes amigos, mas ele é um vampiro sem igual.

Mas o fato em questão... não tem nada relacionado a Lestat, e sim a Armand.

Eu estava em uma sacada espaçosa conversando com Jess, assuntos de... menina. Por assim dizer... Conversávamos sobre a beleza dos vampiros.

- Aquele jovem, Daniel tem um charme interessante.- disse Jess.
- Não me agrada a beleza dele - disse, pensando nos meus homens que em nada se parecem com os vampiros.
- Você não acha que Louis tem a maior beleza entre eles, Selene? Tem um gosto estranho.- Jesse riu. Como os vampiros recém-nascidos ela falava coisas tão mortais.
- Não querida. Não acho. Já conheci vampiros mais interessantes, Lestat por exemplo.- disse desinteressada pela conversa, que não me rendia nada.
- Então, já que tem um gosto assim tão difícil,qual deles te agrada?- perguntou.

Mas o que ela não viu, mas eu sim. Foi Armand, parado em uma coluna, próxima sacada.
Parei um pouco a conversa, olhando para ele. Tão diferente dos nosso último encontro...
Acho que Armand esqueceu de Paris, do Theatro.. de Pierre. Ou talvez ele não saiba que matou meu amante. Em todo caso me perdi um pouco olhando para ele. Apesar de sua beleza me perturbar, eu não iria dar satisfações minhas para aquele vampirinho vaidoso.

Jess finalmente me viu olhando para ele, daquele jeito delirante...

- Então é ele Selene? Armand, eternamente jovem?Que agrada seu paladar milenar?- perguntou, toda maliciosa.
- Não Jess. Definitivamente Não. Ele entre todos é o que menos me agrada, ora ele... Eu gosto de homens mais evoluídos. - disse, alto e em bom som para que Armand ouvisse e desse o fora de lá.

Iamos voltar até a sala quando ele me puxou pelo braço. Brutalmente.
Me afastou de Jess e dos outros vampiros...

- Que conversa foi aquela? Além de covarde, virou uma mentirosa? - disse
- Por que eu deveria me agradar com você? Pelo bem do seu ego? Tenha santa paciência Amadeo.- respondi e fui saindo, quando me puxou novamente. Praticamente me empurrando contra a sacada.
- Os tempos são outros, não preciso mais andar por ai atrás de você. Além disso, eu o procurava para seus próprios interesses. Mas agora não é necessário, é? - disse, me afastando novamente.

Quando avistei Marius parado nos observando. E sorrindo, daquela maneira calma que ele sorri.
Passei por ele que educadamente me chamou.
- Tenha paciência Selene. Armand tem o orgulho ferido facilmente. O que disse pra ele?
- Ao que parece, o que disse, foi tão ofensivo para ele quanto dizer que preferia passar meus milênios dormindo nos teus braços que gastar meio minuto com ele. - respondi, rindo alegremente.
- Ofendeu a beleza dele? Isso pode enfurecê-lo realmente. Tenha cuidado. - disse.
- Com ele? Por qual motivo? Por medo? Ou por você, meu querido Marius?
- Faça pelo motivo que quiser, por mim se isso te agradar.
- Relaxe Marius, você está aqui para protege-lo. - disse, beijando levemente seus lábios.

Fui para meu quarto, furiosa, ofendida e louca para arrastar Armand até lá.
Vocês tem idéia de como é difícil esconder coisas entre nós? Os vampiros.
A única maneira de esconder o fascínio que tinha por ele, conservei um ódio de faixada.

Mas Khayman apareceu, ele sempre deixa tudo tão bem.
Conversamos... e ele me ajudou a esquecer aquela situação.

Assim terminei o breve relato que fiz a David sobre essa história.

Ele escutou a tudo calado..

- Por que você fez isso? - perguntou.
- Por diversão, por pirraça. Despeito talvez, nunca se sabe.
Também não entendi o motivo da reação dele.
- Ele deveria gostar de você, e ficou ofendido por você ter desdenhado dele. -disse.
- Nunca se sabe. Enfim, tenho que ir. - respondi.
- Já vai embora?- perguntou
- Não, tenho um encontro.

E fui mesmo, encontrar o Michael.

Bem, vocês conheceram uma história de como começou a história com Armand.
As vezes ainda acho que é vingança... Ou não, talvez ele me ame. Nunca se sabe....

Boa Noite.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime9/22/2011, 8:03 pm

Boa Noite!

Eu já falei de muitos imortais para vocês. Já contei muitas histórias minhas que me levaram até eles. Mas ainda existem muitos que desconheço. Muitos que ainda são enigmas para a minha mente. Alguns tão obscuros e soturnos que nem se tem noticias. Nunca é uma surpresa encontra-los nas ruas mais desoladas ou desconhecidas da terra.
Nunca é surpresa ver rostos brancos demais para serem humanos vagando por essa terra.
Existem imortais perdidos para o tempo, aqueles que estiveram conosco durante pouquíssimo tempo, tempo que mal foi suficiente para gravar seus nomes na memória.
E às vezes nos encontramos. Vocês não fazem idéia de quantas já vi em minha vida.
Conheci alguns que não sabiam nem o que eram. Conheci muitos de história curiosa.
Conheci também os insignificantes. Esses que não merecem o sangue e o poder que com ele vem.

Mas o sangue é uma dádiva, como é uma dávida nossa vida.
Vocês acham que todos que vivem merecem viver? É o mesmo com o sangue. Nem todos que o receberam merecem tê-lo.
E alguns... fazem de tudo para evitar virar o que somos.

O que somos... Já ouvi tantas histórias sobre nós.
Monstros, sem alma, enviados do inferno, mensageiros da morte, cavaleiros das trevas, bruxos, bruxas, vampiro... Sugadores de sangue.
Mas, será que somos assim tão diferentes, do homem que mata para se alimentar?
Acreditam realmente que os homens teriam algum tipo de clemencia conosco?
Eu dúvido muito. Na realidade tenho plena certeza. Já vi as atrocidades que eles comentem contra nós. Apenas por nos revelarmos a eles. Alguns que eram nossos amigos, nossos amados, se viram contra nós quando descobrem nossa verdadeira natureza.
Somos a face mais escura da humanidade meus queridos.

O lado que os homens tentam camuflar. Eles são hipócritas em nos julgar, se são capazes de tanta crueldade quanto nós. É exatamente por isso que não tenho o menor pudor, pena ou misericordia quando preciso matar. Por que o sangue é uma necessidade. Necessitamos dele tanto quanto um mortal precisa de água.

O que estou dizendo a vocês, já foi dito a muitos imortais por mim. Tive essa mesma conversa interminável de argumentos contra e a favor com muitos de nós. Mas poucos tem a coragem para admitir tudo isso. Uma pena.

Agora vocês se perguntam por que amo Khayman?
Ele me ensinou tudo isso. Com seus milênios de reflexão. Meu pai me ensinou que os homens são capazes de todo tipo de crueldade. E que foi exatamente a crueldade e a incompreensão da raça humana que gerou o que nós somos. Quando a rainha Akasha puniu injustamente as belas gêmeas, por não conseguir aceitar a verdade sobre seus Deuses. Os homens são tolos.

Deixando toda essa conversa de lado... Que não sei exatamente por que comecei. Acho que foi para provar que não somos assim tão diferente dos humanos, e que somos algo inevitável para alguns. Vocês vão ouvir um caso muito curioso. Sobre uma mortal, uma vampira. Uma grande amiga minha. Katherine ela se chama.

A mãe dela, Suzane, era conhecida por sua grande beleza. Era uma adorável costureira.
Realmente adorável. Famosa por sua beleza na pequena cidade onde moravam. Na Inglaterra.
E esse adorável ser atraiu a atenção do pai de Katherine, Paul.
Eles logo se apaixonaram e casaram. Viviam felizes e animados. Uma vida simples mas cheia de amor. Mas Paul foi chamado para a guerra. A primeira guerra mundial.
Suzane, descobriu depois de sua partida que estava grávida.

Alguns meses depois, ela recebeu uma carta, confirmando a morte de Paul. Entrou em desespero, mas conseguiu superar todo o sofrimento com a ajuda de um amigo. Um jovem gentil e educado. E também rico. Esse a cobriu de cuidados e presentes. Pagando todas as suas dividas, todas as suas despesas. Nada assim tão anormal a julgar pela beleza impossível de Suzane. Mas o parto logo chegou. E tudo se complicou. Nosso adorável amigo, senhores, era um vampiro. Chamava-se Eduardo. E com o parto, vocês sabem o que vem. Uma torrente de sangue. Entretanto ele não a atacou é claro. Nosso adorável Eduardo havia se apaixonado pela beleza de Suzane. Ele fez algo muito pior. Para evitar que ela morresse, a transformou. Só que o que nosso vampiro não lembrou de fazer, foi cortar o cordão umbilical que ligava mãe e filha. Mas assim que Suzane viu o que ia acontecer cortou ela própria.

Ela sobreviveu. A criança também. Eduardo conseguiu.
O que ele não conseguiu foi prever o resultado daquela parte ínfima de sangue vampirico que correu para dentro de Katherine. Mas você pensam, não existem mortais que tomam sangue dos vampiros e não se transformam nem sofrem nada? (Exceto a dependência é claro.)
Mas, isso não foi consumo, foi ligação direta. Diretamente na veia.
Não, Katherine não virou um bebê vampiro. Nem adquiriu caracteristicas de vampiro.

Entretanto o espírito desejava sangue dentro dela. Desejava que a transformação fosse completa.
Como ele sempre desejou. E durante toda sua vida mortal, Katherine foi atormentada por uma vontade incontrolável de se tornar uma vampira. Apesar de toda a relutância de seus pais. Pais vampiros. Que cuidaram e progeteram-na durante toda a vida. Ela no entanto não se importou.

O que não se pode remediar, remediado está. É o que dizem.
E um dia... Ela roubou o sangue da mãe. Acham estranho?
Pois bem, devo dizer que ela realmente se transformou. Mas não com o sangue materno.
Foi quando me encontrou e contou-me toda essa história.

Percebam queridos, que nosso mal,esse espírito que carrega nossa sede de sangue é tão profundo que consegue transformar uma jovem com toda a vida pela frente e toda sorte de oportunidades perseguir as criaturas da noite em busca da nossa maldade. É.. os vampiros são inevitáveis meus queridos.

Boa Noite!
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime9/22/2011, 8:09 pm

Boa Noite.

Queridos, queridos... Vocês que lêem minhas memórias ainda desconhecem meu lado negro.
Meu lado negro não suporta distrações, conversas tolas, atitudes dramáticas demais, e simplesmende odeia ser seguida. Não tanto pelos imortais... mas por mortais... Isso o deixa enfurecido. E não existe meus queridos nada mais perigoso para um mortal que um vampiro irado.

Vocês, se já eram as crônicas vampirescas conhecem o Talamasca.
E a história de hoje é sobre um membro dessa ordem de estudiosos.
Seu nome era Oliver. Oliver Foster. Ele atuava no campo do estudo dos vampiros.
O que no Talamasca significa nos seguir por ai, ver onde vamos e o que fazemos.
E não me agrada nada ser vigiada. A menos que sejam por vampiros atormentados, ou interessantes... É.

Bem, ele me encontrou em Praga, enquanto eu admirava as obras no Museu Nacional.
Um lindo prédio em estilo neorrenasentista. Como era noite e eu tinha entrado por uma janela que abri com o poder da mente, ele teve que convencer os guardas a deixá-lo entrar.
Mas do que obviamente ele não disse que havia mais alguém dentro do museu. Só que a menção do Talamasca consegue abrir muitas, muitas portas em instituições como museus, igrejas, galerias, bibliotecas, e até acervos particulares.

Como a maioria dos mortais que sabem o que somos e nos encontram ele ficou cheio de medo ao me ver. Medo, mas também admiração. Não consegui entrar na sua mente. Isso me espantou por um momento, só que logo notei do que se tratava.
Eu estava encostada em uma parede observando uma estátua bizantina quando ouvi passos no corredor, então ele chegou. Vinha cheio de receio e curiosidade, olhava para todos os cantos e altos das paredes. Essa gente acha mesmo que nos escondemos no teto?
Até mesmo investigadores experientes como Oliver sabem que os vampiros na sua maioria são bem imprevisiveis. E ele estava sendo o mais cuidadoso que conseguia. Apesar de já ter um histórico sobre mim, saber que eu não sou agressiva em primeiros encontros... Em saber que eu já tinha encontrado outros membros de sua ordem e não tinha lhes feito mal. Mesmo assim, nunca se sabe o que esperar de um vampiro.

Depois de explorar o local por uns momentos, o brilho dos meus olhos por fim denunciou minha posição. Ele quase teve um enfarto, juro a vocês. O coração do homem quase parou quando me aproximei dele e disse que era Selene e não lhe faria mal. Mas que ele fosse embora e deixa que eu visitasse o museu sem ser perturbada. Trocamos um aperto de mão. E fiz isso apenas para ele conhecer a textura e a frieza da minha pele. Ele se foi. Caminhando lentamente tentando disfarçar que estava tremendo de medo.

O que vocês devem entender é que somos seres lindos, sim somos. Mas podemos ser bem assustadores quando queremos. E foi a visão da sombra pálida do meu rosto que assustou aquele homem. Mas vamos mais para frente.

Um mês depois em Budapeste, no Museu de Belas Artes... o encontrei novamente.
Isso já estava me incomodando.

Duas semanas depois, em Bruxelas...
Ignorei sua presença...

Mas ai o encontrei em Amsterdã, ele parecia mais ousado, por estar em casa, nos braços do Talamasca.
E finalmente falou comigo.
Ignorei seu contato.
Horas depois me peguei furiosa com esse mortal que insistia em me seguir.
E mal queria trocar duas palavras comigo. Meu lado negro também é impetuoso.

Entrei na casa Matriz do Talamascam, ignorando o fato dos membros poderem saber que eu estava lá. Que eles fossem pro inferno com seus poderes.
Entrei no quarto de Oliver...

- Olá Oliver. - disse eu enquanto me sentava na janela.
Ele derrubou a taça de vinho quando me viu. Estava bebendo e escrevendo o relato sobre nosso encontro.
Mal conseguiu balbuciar meu nome.

- Você quer escrever um bilhete de despedida? - perguntei, enquanto ria e deliberadamente mostrava meus caninos ameaçadores.
- Sssssim.. Você, você vai me matar? Por favor, não me mate. Eu só a segui por que admiro sua condição sobrenatural.. Seus poderes.. - implorou.
- Não me venha com essa. Não sabe nada sobre a minha condição.- respondi.

Pulei da janela para dentro do quarto.

Bem, queridos. Devo dizer que meu lado negro prevaleceu aquela noite.
Não perdi meu precioso tempo bebendo o sangue daquele homem, apenas o matei quebrando-lhe o pesçoco.

Fim de história. Me arrependo dessa morte. Não foi necessária.
Mas eu estava descontente com minha vida naqueles anos.
Andava por ai solitária e sem companhia. E foi praticamente um aviso aos nossos queridos membros do Talamasca para que não me seguissem mais.


Boa Noite.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime9/26/2011, 7:58 pm

Selene is Back!!!!

Uhúúúúúúúlll bounce
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime12/31/2011, 3:11 pm


Boa Noite!

Sem explicações hoje.

O maldito telefone insistia em tocar desesperadamente. Embora fosse uma de minhas músicas favoritas estava quase enjoando de ouvir A Primavera.
Eu poderia atender e despejar tudo que queria nos ouvidos dele. Mas não estava com paciência para isso.
Sem a menor paciência para lhe ouvir a voz, para sentir as lembranças de seu toque aveludado.

Se eu havia sumido de Nova Orleans, de Nova Iorque, dos Estados Unidos no geral, havia um motivo. Se evitava Londres, Paris e Roma. Havia um motivo. Se ouvir falar em Atenas já me causava desconforto, havia um ótimo motivo. Eu queria esquecer que deixara meu amante abandonado em casa. Queria esquecer que ele era um vampiro agora. Que ele havia destruido meu quarto para provar que já era forte o suficiente para ser meu. Só que eu não estava pronta.

Vocês podem imaginar que era ele me ligando. Não era. Era meu outro amante. O eterno. O de sempre. Aquele que consegue me tirar das entranhas da terra só para fazer com que eu caia apaixonada por ele outra vez. Mas não agora. Durante quase quatrocentos anos senti aquela necessidade dele. E nos últimos vinte tinhamos nos encontrado com tanta frequencia e intensidade que precisava me afastar.

Mas ou eu atendia aquele telefone ou o destruia.

- Alô?
- Selene você pode me dizer porque a dias eu te ligo e você não atende?
- As trezentas chamadas não atendidas não respondem a sua pergunta? Eu não desejo falar com você;
- Posso saber o motivo?
- Sim. Estou enjoada de todos vocês, e sai para procurar coisas mais interessantes. Por hora.
- Aquele seu companheiro tem me procurado. Acha que a estou escondendo.
- Alexandre foi um erro. Ele é sim o amor de uma outra vida. Mas eu estava descontrolada quando o encontrei. Vi nele uma esperança que não existia. E agora não suporto olhá-lo. Macula todas as boas lembranças que guardo de Tarsício.
- Vai voltar?
- Um dia sim. Agora viva sua vida imortal com minhas lembranças, pois é só o que terá de mim agora. Eu ainda o amo, mas preciso de espaço para mim. Sou uma vampira supôe-se muito egocentrica, está na hora de pensar no meu amor próprio e não em você. Adeus.

Fim de contato.

Eu já havia localizado algo muito mais interessante que um acerto de contas com Armand. Boa idéia seguir os conselhos de David e vir para o Brasil. Estou por aqui ainda, aqui onde escrevo para vocês queridos.

Como é de praxe nos vampiros, somos demorados em nossas ações, todo esse tempo que sumi estive fermentando essa vinda para cá. Que oceano maravilhoso esse Atlântico.Visto daqui é ainda mais bonito. Morno, quase nunca frio. É pra lá que vou voltar. Porque praias sempre me fazem sentir em casa? E essa lua... que bela lua.

Boa Noite
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime12/31/2011, 4:00 pm

Nada como a minha querida Selene pra fechar o ano!!! I love you
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/2/2012, 9:25 pm

E ali estava eu. Cansada. Acabada por dentro. Eu mal podia suportar estar viva. Um coração enorme dentro do peito. Cansado de bater. De pulsar aquele sangue frio.
Os olhos vidrados numa droga de garfo. Porque exatamente eu não fui pra casa como todos os vampiros normais? Claro; depois eles voltaram para vigiar Lestat;mas eu não
conseguia me mexer. Claro;depois eu me mexi, e fiz coisas terríveis, mas.

Certo, vocês devem estar confusos. Não, isso não foi agora. Mas agora que estou aqui no Brasil, não tenho porque não tocar nesse assunto. Talvez eu estivesse pensando
muito nisso ultimamente. Ou porque senti um medo terrível me subir pelos pensamentos quando imaginei que Alexandre pode vir a fazer o mesmo.

Mas; se vocês leram as crônicas de Lestat; e se são os mesmos mortais que me acompanham devem imaginar do que se trata. Sim, trata-se daquela fatídica noite em que
sai de meu leito para dar com um Louis transtornado em minha sala. Ele não sabia como expressar; ele não sabia como falar. Ele... tinha medo. Medo pelo que havia
acontecido, medo pelo que eu seria capaz de fazer quando recebesse a noticia. Mas alguém precisava vir me contar. Não necessariamente,claro. Eu saberia mesmo que
ninguém houvesse aparecido. Mas, era uma questão de consideração.

- Que houve? - perguntei, pousando as mãos em seus ombros tensos. - Olhe pra mim enquanto falo Louis, pare de agir como se fosse uma garota assustada. Me olhe nos
olhos e fale o que te trouxe aqui; sei que é alguma desgraça. E algo que prende a atenção dos outros, ou não seria você a estar aqui.
- Ele se matou Selene; ele se matou! Maldito Lestat, isso foi culpa dele, te garanto. Só podia ser isso que queria, queria nossa desgraça. E ele foi só o primeiro, muitos o
seguiram. Até eu mesmo não vejo muita razão para não fazê-lo.
- Quem se matou?
- Armand. Ele se matou. É uma história longa. Deixe-me explicar.

Ele falou sobre Lestat, Memnoch, o Véu.

- Ele não esta morto Louis. Se estivesse, eu saberia. Esta fraco, destruído por fora. Mas vivo. Sempre soube que aquele querubim cheio de ilusões seria capaz de fazer uma
tolice assim. Tão cheio de fé, de crenças. Uma grandessíssima tolice! Ele ainda pode morrer. Se tentar novamente. Ele é muito forte, mas nem ele é capaz de suportar isso
por mais duas ou três vezes. Se ele não se recuperar sozinho, é o fim. E eu não falo de recuperar seu corpo. Isso ele fará logo. Eu falo de reencontrar um sentido para
viver. De reencontrar um porquê viver.
- Onde ele está? Esta seguro? Como pode estar tão certa disso?
- Você que é muito inseguro, e fraco.

Vi como ficou espantado por me ouvir falando assim; não magoado.

- Desculpe parecer tão ofensiva. Não era assim que gostaria de soar. É que estou brava. E não é com você. Obrigada por vir até aqui. Sei o que está acontecendo. Volte
para eles. Volte.

Ele se foi. Eu não tinha coragem de sair de minha sala. Eu, estava literalmente arrasada. Não que me importasse com Deus. Isso provavelmente fora uma peça pregada por
algum ser sobrenatural, neles eu poderia acreditar. Deus se é que ele existe não se ocuparia de algo tão ridículo. Mas estava brava; talvez possessa.

Como Armand podia ser tão irracional a ponto de tentar tirar a própria vida por isso? Porque havia feito isso? No que se matar adiantaria? Se o mundo fosse como ele
acredita, iria para o inferno. E de que adiantaria ir para o inferno? Acertar as contas com Deus?
Idiotice, ele sempre fora alguém que apreciou a vida, que amou o que a vida tinha a oferecer. Pra que se matar? Se Deus tivesse alguma conta para acertar com ele o
haveria convocado. Queimado sua casa com um raio. Isso é o que os meus Deuses fariam.


O que eu fiz por ele? Absolutamente nada. De que adiantaria ir até ele? Mesmo sabendo exatamente onde estava? Outros também sabiam. E sabiam muito bem que ele nos
odiaria se tentássemos ajudar. Nenhum vampiro quer ajuda numa situação dessas. Meu sangue poderia curá-lo. Mas eu não tinha certezas para pôr de volta no lugar. Eu de
nada serviria. E se por acaso ele tivesse pensado em mim, não teria feito tamanha idiotice.

Se tivesse pensado em seu criador, também não. Ele não pensou em ninguém. Apenas pensou em seu desejo egoísta de sair da vida. Assim como todos os suicidas não
pensou em quem ia ficar. Em quem o teria abruptamente arrancado de suas vidas.

Passei uma noite inteira o xingando mentalmente, fermentando um rancor. Tendo brigas imaginárias, pensando em tudo que iria falar, em tudo que ele ia precisar ouvir se
chegasse perto de mim novamente.

Mas o que você estava esperando Selene? As crianças desse tempo são assim mesmo. Acham-se tão religiosas, mas se não tem um Deus que exige sacrifícios, o que
sabem de rituais? O que sabem de dor? O que sabem do que é entregar sua vida nas mãos de um Deus? De associar a mais ínfima demonstração de poder como um sinal
dos Deuses?

Outra noite passei com os olhos afundados dentro de um copo de vinho.

Depois; me muni das minhas melhores calças pretas, das minhas melhores botas sem salto, da minha melhor jaqueta de couro. Eu queria ser invisível.
E fiquei sentada na escadaria de um convento velando um vampiro adormecido.

Por dias, e dias, e dias. Até que ele apareceu e, eu não soube o que falar.

É; Boa Noite.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/2/2012, 10:37 pm

E nada como a minha querida Selene para ABRIR o Ano!!! cheers
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/4/2012, 10:54 pm

Lindo, Foxy *o*

ótimo a Selene tocar nesse assunto mesmo u.u
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/7/2012, 7:27 pm

Boa Noite!

Mas porque me olham assim? Estou bem, finalmente bem. Consegui expurgar toda a raiva, amargura, fadiga. Finalmente sinto vontade de encontrá-los novamente. Mas isso não vai ser agora. Voltei para casa. Minha casa, vocês sabem. A Grécia. Suas ruas apinhadas de turistas, independente do horário. O cheiro conhecido das parreiras, do mar.
Pode parecer desperdício do meu tempo, mas aqui estou novamente limpando as ruas dessa cidade. Estou aqui pensando em como esses vampiros ainda surgem. Quem os faz? Quem ainda sobrevive? Mas eu sei essa resposta. São os vampiros dos esgotos. Os vampiros de longe. Os que nunca foram encontrados. E agora mandam seus serviçais espalharem-se pelo mundo. Mas na minha cidade não. Em algumas partes da Grécia talvez. Mas em Atenas? Não admito.

Antes o mundo parecia maior. Podíamos passar anos sem encontrar outros. Mas agora há tanta gente no mundo. E mesmo com o declive demográfico de alguns anos atrás, parecem que surgem mais e mais. Lembro da primeira vez que matei outro vampiro. Demorou muito tempo para que isso fosse preciso. Eu estava sozinha desta vez. Não lembro bem o ano. 500 D.C? Não sei. Só lembro que estava só. Completamente só desta vez. E também não queria a companhia de ninguém. Passava por um dos meus momentos de existência natural. Meus únicos prazeres eram nadar no mar, beber sangue novo e caminhar pela praia. E para isso, não precisava de outro bebedor de sangue me atrapalhando os pensamentos.

Certa noite, cheguei em casa e vi que estava revirada. Nada havia sumido. Mas, eu não gostei nenhum pouco da idéia de ter alguém não autorizado em minha casa.

Na noite seguinte, ocultei minha presença. Aguardei e aguardei. Entre três e quatro da madrugada, ele veio. O que era aquilo? Um satanista. Sempre os odiei. Sempre. E aquela sua religião viral estava se espalhando feito uma peste por toda a minha cidade. Mas aguardei.

- Então, quem é você? Antes, saiba que eu nem precisaria estar perguntando isso. Porque você invadiu a minha casa, e como qualquer cidadã ateniense tenho o direito de me livrar de você. Mas, isso enfureceria os antigos Deuses das casas.
- Sua fala é mansa, mas sua conduta não é. Anda pela cidade matando homens que farão falta as suas famílias. Jovens, homens absolutamente saudáveis e prósperos.
- Claro, e eu preciso me sentir mal por isso? A cidade é minha rapaz. Você mal saiu de suas carnes mortais. Você é grego por acaso?
- Não; eu sou da Italia.
- Ah, claro. Solo fértil para os tolos. Agora, saia da minha cidade esta noite, ouça bem, esta noite. E se me disser que não. Então..
- Ora, o que acha que pode fazer sozinha contra mim? Não parece tão antiga. Nem tão forte. Nem é tão pálida.
- Ah... está bem. É a primeira vez que faço isso, mas, não terei problemas algum com isso.
Já ouvi que vocês dizem que quando se faz um vampiro ele pode ser um anjo ou um
monstro. Eu sou um monstro.

Ah; como foi bom. Bebi todo o sangue daquele ser. Acho que foi ali que adquiri o hábito de beber o sangue de vampiros por prazer. Apertei seu pesçoco só com minhas mãos e o quebrei. Arranquei todos os membros e espalhei pelo jardim da casa. A noite, vi apenas cinzas.

Apenas cinzas. Nunca poderei virar cinzas. Já passei do ponto onde o sol possa me matar de vez. Até mesmo durante o Grande Fogo, eu quase não senti nada...

A Imortal.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/8/2012, 10:21 am

Ah minha Selene... I love you
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/10/2012, 2:14 pm

Aviso aos leitores: Próxima fic será um tanto longa. Aviso apenas.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/10/2012, 2:30 pm

Outro aviso: acabo de perder a fic que estava escrevendo. Santa burrice; vou ter que recomeçar quando a indignação passar.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/10/2012, 4:00 pm

E o velho sou eu... Rolling Eyes Laughing
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/10/2012, 4:55 pm

Aviso: já refiz a fic[ até a parte em que a burra aqui perdeu], falta apenas finalizar e passar pro pc. A noite postarei.
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/10/2012, 11:27 pm

PARTE I



Boa Noite!

Ah, sei como devo parecer louca à seus olhos. Sei também que deveria publicar esses textos no momento em que os escrevo. Ou até mesmo datá-los. Mas perdi os horários e datas dos mais antigos. E se não é para ser de todos, porque ser de um? Então vamos parar uma história mais atual. Aconteceu um ou dois meses atrás.

Quando finalmente comecei a considerar a hipótese de ir para casa... Ah, vocês não sabem onde morro. Não é em Nova Orleans, nem na Grécia, Rússia, nem mesmo na Ilha da Noite. Essas são moradias apenas provisórias. Minha casa fica em uma ilha mediterrânea. Tomei posse dela quanto tudo era mais fácil e o mundo, maior. Minha única preocupação atualmente é de conservá-la em nome de meus 'descendentes'

Há uma mansão, uma lagoa artificial, picos de elevação.

Tudo muito moderno. As únicas peças de museu por ali, somos eu e Khayman. Mentira. No interior há uma vasta coleção de vasos gregos retratando cenas míticas, estátuas dos Deuses antigos, armas espartanas em bronze antigo. Tenho minha coleção particular de pergaminhos antigos, que graças aos Deuses nunca viram o mais tênue brilho do fogo. Meus originais, é claro. Fiz cópias, várias, durante esses séculos. Tenho uma reprodução da estátua da Turma de Alexandre localizada em Pela. Uma obra colossal. Entre tantas outras raridades que o Museu Nacional de Atenas mataria para ter. Uma pena elas pertencerem unicamente a mim. Ou melhor, a família Helenus. Ou talvez a família “ Slav” de magnatas russos da informática.

Há também outra bela casa de proporções bem menores, pertencentes aos meus zeladores mortais. Que acham o emprego muito satisfatório. São descendentes turcos de minha irmã Aléxia. Que aliás é meu pseudônimo para assuntos na Grécia.

Há um cais, e espaço suficiente para minha única extravagância; uma belíssima lancha iraniana. Que é uma das minhas paixões. Corridas de lanchas de alta performance.

Mas porque toda essa divagação sobre meus bens? Sei que não vão fazer um inventário de todas as peças de mobilia que adquiri durante meus milênios de existência.

Comecei a descrever este lugar porque é meu último santuário. Poucos sabem de sua existência. E foi ali que começou essa.. libertação.

Bem, antes de ir para casa comecei uma viagem para verificar minhas propriedades pelo mundo. Sei que poderia pedir para que meus advogados cuidassem disso, mas não possuo a maestria de Marius e Lestat para lidar com eles. Certa vez recebi uma ligação de meu advogado grego que pretendia processar uma certa Germana Bay por tentar por intermédio de um advogado americano lhe apresentar falsos documentos que provavam ser ela a dona de meu secular apartamento em Paris. Depois dessa trapalhada prefiro eu mesma verificar.

Aproveitei para visitar a Redoma de Vidro e fiscalizar a instalação do novo sistema de segurança Higth Tec do porão , que Vlad e Mikha me fizeram gastar alguns milhares de dólares para adquirir.

Voltando a tal noite...

Depois de dois anos fora tornei a pular a janela de meu quarto. Que esperava eu, estar desabitado. Não foi bem assim que aconteceu...

Um vampiro que trazia nos olhos o brilho do mais fino mel escrevia furiosamente na mesa do século XVIII que havia no quarto. Sua pele estava tão mais branca, os cabelos eram jogados em todas as direções pelo vento. Ele parecia não importar-se nenhum pouco. O que escrevia parecia muito mais importante.

Alexandre.

- Que está fazendo? - Perguntei. Talvez ele tenha ficado muito surpreso com o fato de que havia mais alguém ali.
- Catalogando e tentando datar os belíssimos artefatos que existem nessa casa. Quando Selene voltar talvez eu a convença a ceder algumas para exposição ao Museu Nacional de Atenas.
- Podemos falar sobre isso depois. - Falei. Aproximei-me dele, vi que havia tirado uma das adagas persas em exposição na parede.
- Nossa, mas é você mesmo. Achei que estivesse tendo uma alucinação, não seria a primeira vez.
- Sabe o que é isso? - Perguntei, tocando o objeto com delicadeza.
- Na verdade sim. Uma adaga persa, provavelmente de Susa.
- Os adornos – Comentei.
- É, eu sei. E isso nada tem a ver com o fato de eu ter estudado cultura persa. - Levantou da cadeira. Ele era a reencarnação de Tarsício, com uma diferença apenas. Ele é consideravelmente mais alto.
- E o que seria então? - Indaguei intrigada.
- Eu lembro de tudo! Começou quando você sumiu. Talvez o sangue tenha feito algum efeito miraculoso. Talvez por eu desejar mais que tudo lembrar de como era antes. Comecei a ter sonhos, lembranças. Procurei seu amigo David. Então uma noite acordei com plena sabedoria de minha vida anterior. Sei quem me deu essa adaga, sei que a dei a você antes de partir. Lembro do dia em que você caiu durante um passeio e suas vestes rasgaram e partiram-se ao meio, e você me fez carregá-la até em casa de olhos fechados. E sei que na vida nunca quis tanto algo como queria voltar pra você!
- Poderia esperar que eu chorasse, ou não acreditasse, mas se somos vampiros imortais o que é impossível?


Última edição por . Foxy . em 1/11/2012, 9:24 am, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime1/11/2012, 8:39 am

Mais! Mais! Mais! bounce
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime6/19/2012, 8:01 pm

Saudades, Selene ~.~
Saudade de quando eu tinha tempo pra escrever....
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime6/19/2012, 11:31 pm

Acorda ela, pô!
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/18/2012, 12:48 pm

~ ó gente. Trilha pra Selene.
https://www.youtube.com/watch?v=xTXWGS1M7kc

My Selene - Sonata Arctica;

Poesia noturna,

Vestida na mais branca prata, você sorria para mim
Todas as noites eu espero pela minha doce Selene


Mesmo assim...

Solidão em minha pele

Uma vida presa pelas correntes da realidade

Você me deixaria ser seu Endymion?

Eu me banharia em seu luar, e descansaria em paz
Encantado pelo seu beijo num sono eterno
Mas até que nos unamos

Eu vivo por aquela noite
Esperando pela hora
Que duas almas se encontrarão
No raiar de um novo dia
Minha fé é renovada

Sombras, elas desaparecerão
Mas eu estou sempre nas sombras
Sem você...

Silencioso e sereno céu
Raios da lua dançando com a maré
Uma vista perfeita, um mundo divino

E eu...

A mais solitária criança viva
Sempre esperando, procurando pela minha rima
Eu ainda estou sozinho no fim da noite

Silencioso eu espero com um sorriso no meu rosto
Aparência trai e o silencio engana

Enquanto eu espero pela hora
Meus sonhos virarão realidade
Sempre fora de alcance
Mas nunca fora da mente

E abaixo da lua
Eu ainda espero por você
Sozinho contra a luz
Solidão sou eu

No fim, eu sou escravizado pelos meus sonhos
No fim, não há alma que sangraria por mim


Escondido da luz do dia, estou trancado em minha caverna
Preso em um sonho que esta lentamente se tornando um pesadelo
Aonde estou sozinho
A vida é perdoável quando você não passa de um sonho
O livro ainda está aberto, as páginas são tão vazias quanto eu

Eu me admiro com uma esperança que está começando a desaparecer
Tentando quebrar a desolação que eu odeio

Mas até que nos unamos
Eu vivo por aquela noite
Esperando pela hora
Que duas almas se encontrarão

No raiar de um novo dia
Minha fé é renovada
Nunca nos encontraremos
Apenas miséria e eu


Esse é meu ultimo chamado
Minha queda
Me afogando no tempo
Eu me torno a noite

No raiar de um novo dia
Eu desaparecerei
A realidade corta fundo
Você sangraria comigo
Minha Selene?
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/18/2012, 2:58 pm

Cadê o símbolo "Curtir" daqui??? scratch lol!
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/18/2012, 6:13 pm

Mas eu não poderia querer. Não poderia querer simplesmente que ele fosse o que eu queria. Ele houvera sido tragado pelas minhas reais fantasias. Ele.... se perdeu.

- Alexandre... não me tente. Não me faça acreditar que acabo de encontrar o que venho caçando durante todos esses anos. A cada homem que mato, é a mesma dor, a mesma tortura que procuro. É a sua morte que sinto. São as minhas esperanças e necessidades de tê-lo comigo que estou tentando matar. Tem sido assim desde a primeira noite. E agora você me diz que voltou, que é meu. Que está disposto...
- Você não tem mais onde se esconder Selene. Não há máscara de força, resistente o suficiente para fazer com que eu não veja o que você sente. Não existe lugar onde se esconder de mim, não há um baú para o seu coração. Apenas deixe que ele pulse perto do meu. Deixe que eu novamente guie seus passos e seja minha.
- Desaprendi a ser assim. Eu lidero minha pequena matilha. Eu tive que me virar sem você. E ainda assim, eu sou muito mais do que você lembra. Eu vivi muito... E tive as mais variadas experiências. E além disso meu jovem, meu parceiro deve ser forte. Forte para viver sem mim, para não ser morto por mim. Eu já não aguento as pessoas que me temem. Os desafios acabaram a tanto tempo...
- Posso ser um desafio para você! Você se acha tão forte assim, porque ninguém se propõe a estar contra você.

Séries de testes e desafios se formaram na minha mente. Pois ele queria um teste, ele teria um teste.

- Você se foi. E me deixou. Me deixou sozinha, intacta e presa à sua memória. Está pronto a pagar por isso? - Passei por ele, pegando a arma que esta sobre a mesa, sem que ele tomasse conhecimento.
- Com minha vida, se você quiser.
- Ah, sua vida... Essa você já não tem. Mas eu sempre aceito pagamento em sangue.

O fio ainda era afiado, e não preciso tanta força para que rasgasse a pele... Mas isso era pouco. Ainda haviam nervos, músculos, ossos... O meu companheiro haveria de ser batizado em sangue, ali mesmo, em ritual. Seu sangue exercia em mim uma atração que poucas vezes eu sentira. Era como nas primeiras noites, o cheiro enebriante, a pulsação acelerada. Seu corpo permanecia imóvel sobre a cama, ainda que estivesse com o braço dilacerado. Ele tentou protestar, diversas vezes. Mas... acabou por entender que aquilo era parte da prova. Quando toquei a região com a língua, senti as mais diversas vibrações. Ele sentia vontade de me atirar pela janela.... Hmmm. Até agora não entendo como ele conseguiu se recuperar, suguei tanto sangue..... Seu corpo era um mapa de marcas de dentes e unhas. Suas roupas eram trapos completamente imprestáveis. Depois do que me pareceu uma, duas horas, ele finalmente percebeu o que eu queria. Queria o desafio. Não que ele simplesmente fosse forte e suportasse. Nesse momento, tudo ficou mais divertido.

A conquista tem dessas coisas, queridos. Se eu acredito, nessa história dele ter lembrado de tudo ?Não sei. Prefiro pensar que sim. Me poupa de muitos transtornos. Mas ele é forte, belo, viril, e é meu. Não, ele não está aqui. Foi para o Egito, procurar sabe-se lá o que... Então eu espero. Espero, escrevo, viajo, e faço coisas que ele não precisa saber, tais como visitar Marius, e telefonar para Lestat.

Estou pensando em me mudar. Alguma sugestão de lugar?
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/19/2012, 12:48 am

Maravilha, Foxie....

Não nos deixe mais órfãos por tanto tempo da querida Selene ... I love you
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/19/2012, 10:02 am

=

Ainda esperando a descrição dela por email ta dona Foxy-Lady u_ú
hunf !!
Depois eu que saio como mentiroso e que não cumpro promessas ¬¬
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime11/22/2012, 9:58 pm

*---*
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MensagemAssunto: Re: As Noites de Selene.   As Noites de Selene. - Página 6 Icon_minitime

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